Crianças de escola municipal da Zona Norte aprendem a gostar de ler em iniciativa que se estende à comunidade
Francisco Francerle //franciscofrancerle.rn@dabr.com.br
Ler é simples assim, não tem idade, basta a criança ter a liberdade para folhear, ouvir e interpretar textos e poesias, mesmo sem ter que fazer pesquisas ou estudar gêneros literários, até porque elas agora é que estão começando a vida escolar e ainda não sabem ler. O ensinamento é da professora Daniele Queiroz Cunha, diretora do Centro Municipal de Educação Infantil (Cmei) Francisca Célia Martins, no Parque dos Coqueiros, Zona Norte de Natal, onde está funcionando com sucesso um programa de literatura infantil para crianças até 5 anos de idade. O programa está mexendo com toda escola: professores, alunos, pais e até a comunidade querem participar tanto das atividades de leitura e contação de histórias, quanto da confecção dos cenários, exposição de trabalhos e dramatização das histórias. O projeto tem repercutido até em atividades de proteção ao meio ambiente.
Turma do Cmei assiste a contação protagonizada por professoras, em uma das atividades do projeto Foto: Fábio Cortez/DN/D.A Press
Criado no Dia do Livro do ano passado, o programa tinha apenas a intenção de cumprir uma atividade de época. Mas quando os alunos viram os colegas e professores fantasiados de personagens, o sucesso foi tão grande e a repercussão no ambiente familiar tão significativa que e a escola resolveu adotá-lo na rotina. O primeiro passo foi lhe dar um nome: "Era uma vez, duas, três, lendo me encanto, encantado me encontro". Depois, a escola conseguiu um carrinho de supermercado que diariamente passa em cada sala de aula, distribuindo aos alunos livros e obras de escritores infantis. "O momento de chegada do carrinho é interessante, todos querem ver um livro para folheá-lo e identificar a história que sabe, saber ler é apenas um detalhe", conta a diretora.
A contação de histórias que começa em sala de aula com a leitura de um livro e prossegue com a dramatização feita por três personagens que foram criadas para todas as histórias. Elas são as professoras Ednar Secundo, Fátima Rocha e Tânia Bico, que se transformam em Lili, Fafá e Fifi e, com muita habilidade e vestidas de acordo com os personagens, conseguem prender totalmente a atenção de todas as crianças que interagem durante toda a apresentação. O projeto tem o ponto alto na Semana Literária, realizada na última semana de cada mês. Nessa ocasião, todas as turmas se preparam para confeccionar trabalhos e cenários para serem apresentados no evento, que é considerado um momento muito especial, pois conta com a presença das famílias dos alunos. Cada turma expõe trabalhos de acordo com a história que leu na degustação literária trabalhada em sala de aula.
Rotina intensa
Dias antes da realização da Semana Literária, a escola começa os preparativos. "Alunos e pais são estimulados a construir o cenário e as atrações da exposição. Os próprios alunos constroem seus personagens. Eles recortam, colam, pintam, desenham e fazem cartazes com a releitura que fizeram de cada livro", conta a professora, explicando que para isso também se utilizam garrafa pet, papel, papelão e outros materiais de sucata que podem ser recicláveis. Uma simples garrafa transforma-se numa enorme aranha, um monte de papelão dá lugar a uma casa e alguns pedaços de madeira, juntando papel e muita criatividade viram um livro mágico gigante que encanta os pequeninos que além de folheá-lo querem entrar nas histórias como se fossem personagens.
quinta-feira, 22 de julho de 2010
terça-feira, 13 de julho de 2010
Reescrevendo uma história
Há muito já pensava numa forma de me comunicar com o mundo.E não pensei em um mundo tão imenso, mas em um mundo que eu pudesse levar uma mensagem poética, verdadeira e autêntica.Foi assim que pensei em criar um cantinho na net para expor meu pensamento diariamente.O “Diários poéticos” é um ponto de partida para que alguns sonhos possam se libertarem...Aos amigos ,futuros amigos e simples curiosos, uma boa leitura.Vamos juntos reescrever uma história diária de expressiva poesia do cotidiano.
quinta-feira, 8 de julho de 2010
Falso desejo
Você toca meu mundo...
E depois vira tudo do avesso
Ora me ama, ora me odeia...
Não sabe se me quer,
mas também me deseja.
Não me vê chorar,
mas adora me vê assim,
tão sensível, tão sua...
Às vezes, me põe em seus sonhos,
mas não lamenta me perder...
Não sabe o que é amor,
mas reclama uma paixão...
Jamais enxuga minhas lágrimas,
mas sempre me promete voltar...
Em noites frias, não me aquece
e jamais me devolverá os anos idos...
A juventude já se foi, e quantas ilusões também...
A paixão tão falsa, tanto quanto os teus beijos...
E eu, tentando te querer...
E tu, nem entendes que eu existo...
E depois vira tudo do avesso
Ora me ama, ora me odeia...
Não sabe se me quer,
mas também me deseja.
Não me vê chorar,
mas adora me vê assim,
tão sensível, tão sua...
Às vezes, me põe em seus sonhos,
mas não lamenta me perder...
Não sabe o que é amor,
mas reclama uma paixão...
Jamais enxuga minhas lágrimas,
mas sempre me promete voltar...
Em noites frias, não me aquece
e jamais me devolverá os anos idos...
A juventude já se foi, e quantas ilusões também...
A paixão tão falsa, tanto quanto os teus beijos...
E eu, tentando te querer...
E tu, nem entendes que eu existo...
Nos meus sonhos
Passeio por entre as diversas lembranças
e sigo por caminhos sinuosos
vou de encontro a uma saudade remota
penso que tudo e real
vejo minha vida antiga acontecer diante de mim
mas tudo não passa de devaneios
ilusões perdidas e um novo destino a cumprir
saio desses sonhos e me deparo com a realidade
tenho que amar o hoje
preciso apreciar o momento
desejo amar cada segundo da vida
nos meus sonhos tenho que lembrar de viver
e sigo por caminhos sinuosos
vou de encontro a uma saudade remota
penso que tudo e real
vejo minha vida antiga acontecer diante de mim
mas tudo não passa de devaneios
ilusões perdidas e um novo destino a cumprir
saio desses sonhos e me deparo com a realidade
tenho que amar o hoje
preciso apreciar o momento
desejo amar cada segundo da vida
nos meus sonhos tenho que lembrar de viver
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